sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Paisagem

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Meu olhar avista esta paisagem luminosa
Pacata, simples mas muito vistosa
Eu aqui sou apenas uma parte dela
Livre me sinto preso numa cela
Cela que sou eu e não ela

Este sol que rasga as nuvens e esfaqueia-me a cara
Com sua luz tímida de madrugada levanta a seara
Eu no meio de vida me sinto sem ela
E envolto num mar de ar não consigo respirar

Meus passos vivos de tristeza numa noite de luar
Pisam as folhas no chão que caem mortas do ar
Oh tempo que corres sem parar e vida que passas sem correr
No espaço de um olhar…estou aqui…estou a morrer

Chuva que me cais sobre os ombros
Assenta a poeira dos meus escombros
Dá vida a esta alma perdida
Dá cor a quem ficou sem amor
Dá carinho a quem se perdeu no caminho

E tu vento que arrancas as folhas das árvores
Espero que as colhas do chão
Mortas estão e tudo acabou
E eu sem coração morto estou
Dás-me a mão e com as folhas me levas
Desta noite que para mim são trevas

1 comentários:

ss* disse...

poema bonito...
felicidades amigo...
bjinho

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