sexta-feira, 9 de abril de 2010

TU

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Meus olhos brilham de sede cheios
Por uns simples reflexos teus
Que se escapam entre opacos e feios
Muros de estorvo que são meus
Mas sinto a tua presença e sei onde estás
No meu coração moras e nele viverás

Calor que me aquece o interior
Seca a água fria que em mim cai
Cura a dor de ser inferior
E me dá a alegria que agora vai
Deixar a tua luz brilhar
Brilhar para me acalmar

Sentir o teu corpo, o teu perfume
Desejo meu que me inunda.
Será tua, vontade que me assume
Ser a pessoa que por ti se afunda
Nas leves pétalas da tua flor
Flor que vive do meu calor?

E neste sonho, lugar onde vivo
Será real toda a brisa que sinto
Morna e carinhosa que por certo motivo
Trespassa o quadro que então pinto
Será que minto ou apenas sei
Que tu apareces-te e eu mudei?

Adoece minha alma de tua ausência
E espaça o sangue contínuo que em mim corre
Dorme agora a lembrança da tua vivência
Num canto doce da minha voz que sem ti morre
Por força já não mais ter para deixar fluir
Belas orações que a ti, espero, bem façam sentir

Mas no final, inicio irá ter
Uma recompensa por toda a minha crença
Que neste tempo sem ti me ajudou a viver
Na saudade do tempo perdido que pensa
Na pureza do meu olhar nu
Na simplicidade do ser que és tu!

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