segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Ela

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Conjuga-se em versos
Desconhecem-se os sujeitos
Perde-se nos tempos conhecendo
O passado e a certeza do futuro
E num pouco de gerúndio
Tudo vai acontecendo

Não a queria conhecer, mas sou obrigado
Morre de amores por mim, não me conhece,
Sou vítima e sou fã de perdição
Vista pelos outros desperta emoção
E por mim…. Me para o coração

ELA, malvada e sem remorso
Teimosa e sem piedade
Tenebrosa na sua obscuridade
Não se lhe vê boca não se lhe vê olhos
Mas vê e come sem que ninguém lhe diga nada

ELA, tem sede do meu sangue
Tem fome da minha carne
Vai sugando a minha alma
Aos poucos e poucos com a sua calma

Espera, mas acaba com o que me faz ver
Com o que me faz ouvir,
Com o que me faz sentir
Aquilo que de repente pode sucumbir
Pois num simples suspiro, põe tudo a perder

A escuridão, sua mascote de apoio
Ela própria assusta mais que o pensar NELA
O seu negro mais escuro que qualquer outro
Que cega o cego e não deixa ver quem quer
Prende quem está preso, numa pequena cela

Mal de quem a viu passar por alguém
Pior que o próprio alguém que não a viu
Sem tempo de pensar ou reagir
Ela chega sem pedir e saiu,
Pronta para outro pedaço de vida

Come e desgraça para se sacear,
Bebe do copo de quem não quer
Senta-se á mesa de quem não a convidou
Deita-se na cama de quem não a chamou
Roubando o ar de quem o queria respirar.

3 comentários:

Juntos de Mãos Dadas disse...

Simples mas muito bom

Anónimo disse...

O estupido k disse k o poema era simples mas muito bom nao percebe nada de poesia este poema tem tudo menos simples.
Repare-se ke o autor consegue nos levar a questionar sobre a verdadeira identidade do ela pois torna algo simples em algo transendente ao complexo por isso muitas pessoas k vao ler este poema certamente nao vao perceber!

Soraia disse...

Espetacular Pedro...fico sem palavras ao ler o que escreves..!É mesmo marcante,em algumas partes até identificativo....!Força...És uma pessoa 5*, mereces tudo para ser feliz...!

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