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Meu tempo morre e não me decido
Se não escolho, morro com ele
Engano-me para não me sentir perdido
Perco-me e sinto-me vencido
Pois certamente tenho medo dele
Fujo ás ideias que em mim passeiam
Disfarço os olhares que me enganaram
Sinto os outros que me odeiam
E penso nos meus passos que receiam
Por um destino que sonharam
Ser o que quero ou sonhar o que queria
Continuar assim não é meu desejo
Chegar ao fim e recordar o que faria
Se pudesse escolher naquele dia
Um futuro que antes não via e hoje vejo
Em mim vagueia a insegurança
A incerteza de que em buraco me meter
Respiro este ar que me tira a esperança
E a vida que a ele não alcança
Pois meu é e em nada está a morrer
Palavras e orações ouço eu
Concelhos me dão e decisões me esperam
E no fim será que o bem irá ser meu?
Será que os sonhos que a vontade me deu
Vão ter o que sempre me deram?
Submerso nestas aguas paradas
Ao pouco e pouco me afundo
Sinto as minhas palavras geladas
Vejo as minhas luzes apagadas
Sei, que tudo pode cair num segundo
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