domingo, 24 de janeiro de 2010

Avô(soneto)

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Ouço as palavras ocas que saem de ti
Vazias de sentido mas cheias de sentimento
Fala que eu sinto, fala que estou aqui
Para te ouvir, estou aqui neste momento

Sinto na tua mão a fraqueza da idade
E nos teus olhos o peso da saudade
Lutas mas o mal de ti não sai
E questionas-te se és realmente pai

Olham-te eles como um peso agora
Sentes-te como se do teu lar estivesses fora
Acolhe o meu conforto porque sabes onde mora

Desta solidão sei que queres fugir
E a dor um dia deixares de sentir
Infelizmente… sei que irás conseguir

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