quarta-feira, 16 de março de 2011

Porto

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Porto, cidade que me acolheu
Desde sempre eu fui teu
Agora aqui e em ti escrevo
Palavras que só de ti nasceram
Mas que nunca se esqueceram
Pois muitas delas a ti as devo;

Não chegam estas para dizer
O quão tenho a agradecer
Pelas paisagens gloriosas
E um quotidiano bem vivo
Que também serve de incentivo
Ás mudas vozes rancorosas;

D’ouro esse que te atravessa
Correndo ele bem depressa,
Fugindo das tuas encostas
E descobrindo os teus segredos
Escondidos entre os rochedos
Nem p’ra eles tenho respostas;

Porto que nasceste do mar
Ele ainda te faz sonhar
Belos tempos já passados
Bem repletos de mercado
Que apesar de atenuado
Lá vêm eles além salgados;

A mim não chega essa palavra
(terra dura que não lavra)
Nunca deixaste ficar morto
Este nome que me encanta
Esta cidade que me espanta
A capital que é o porto!

1 comentários:

Isaías disse...

Simplesmente fantástico... :D És grande pá...

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