domingo, 7 de novembro de 2010

Barro

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Restam agora no mar dos meus pensamentos
Fluxos e repuxos de memórias que me fluem
Recordações, palavras ou mesmo sentimentos
Que na minha carne se escrevem
E que em mim se descrevem

Sou o que essas lembranças constróiem
Porque elas desenham o meu caminho
Sou o que elas em mim não corróiem
Restando apenas pedaços do que fui
Á tona do lago que me dilui

Cada vivência, cada passo e acontecimento
Trouxe-me até onde agora me apresento
Moldou-me em função de cada momento
E hoje apreciando minha paisagem
Confesso que sou mera passagem

Sinto e sei que sou o barro do tempo e da terra
Terra onde vivo que é o chão do meu andar
Desvia-me de onde a vida se encerra,
Tempo e terra que me têm
Em ti e sobre ti, eu estou bem.

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