domingo, 14 de novembro de 2010

Máscara

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Sou o reflexo distorcido
De um espelho transparente
Sou o puro sentimento
De uma alma que não sente

Mostro um ser desconhecido
A quem me vê fugazmente
Sinto ser o desalento
De uma imagem decadente

Eu mesmo me desconheço
Face oculta que me encobre
No entanto sinto o peso
De um nobre não ser nobre
E de um chão não coeso
Dura assim parte de mim
Longa dor que não tem fim

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