sábado, 6 de novembro de 2010

Sombra

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Sombra que me percegues ao longo da vida
Tu que vais crescendo ao longo do dia
O sol se põe e a velhice aparece fingida
Como quem não se quer rir mais, como se ria
Sombra que és o passado que me é parte
Não te quero sendo medo que me percegue
Quero sim que faças de mim tua arte

Cada passo que pisa a terra que sigo
É teu obdiente acompanhante e seguidor
E cada memória que de mim revivo contigo
Tu és ela, parte do meu eu sem amor
Parte porque um todo é dificil de se ser
Porque a vida não é tão má como se vê
E só o é quando se desconhece o seu ver

Sombra, de ti ninguem se livra quando há sol
E quando não há só tu imperas este mundo
Nem mesmo teu efeito acaba chegando a cruz
Fazes questão de recordar tal passado imundo.
Para alguns és tudo enquanto o sol brilha
Seres que sem ti não eram mais que ninguéns
Os outros, coitados, contentam-se com sua partilha.

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