segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Confesso

.
Um sorriso, não basta
E um olhar talvez não chegue
Sei que nada disto é tudo, separado
Nada disto é mais que… fragmentado;

Não é por dizer que amo que amarei
Não é por dizer que te quero que farei por isso
Ou por dizer que espero um compromisso
Que lutarei,
Sei disso, sei e dói-me saber
Por assim não ser e medo eu ter
De afundar-me na própria diferença
No próprio desprezo e desavença;

Sabes quem sou, infelizmente
Ou mesmo acreditando que sabes já te dói
Por te apaixonares pelo ser que a alma te mói
Sou eu, sou assim, não sei se escolho ou não evito
Sinto-me estranho, estranhamente esquisito
Mas sei o que sinto, sei que sinto e sinto-o;

São tantas as palavras que te digo
E em quais acreditar? Parece até castigo
Por não conseguir adivinhar. Basta confiar,
Ou não, talvez baste apenas conhecer-me e acreditar.
Amar-te e amar é um tanto que não defino
São palavras que se aguardam em cada destino
Talvez não saiba o que é amar, por ser assim
Mas amo, porque olho o pôr do sol
E não vejo nele um fim…

0 comentários:

Enviar um comentário