.
Frio ríspido de inverno
Palavras que se escrevem num vulgar caderno
Palavras reflectidas por uma natureza
Que desconhece a sua própria dureza;
Chegados os meses fatais
Caem sobre a terra gelada restos mortais
O que outrora fora o verde luminoso
Em tempos de um sol ainda bondoso;
São agora sinais de uma vida
Que ao sabor do vento sentem a caída
Um único momento de voo verdadeiro
Segundos puros em dias de Janeiro;
O gelo cobre cada cor
Inibe qualquer flor de sentir o calor
Do sol que nasce por detrás da montanha
Nas madrugadas que a luz arranha;
Nada mais isto é
Que uma mera alma sem fé
Uma carne fria despojada de sentir
Arrefecendo no repouso do seu sucumbir;
Um puro inverno interior
De um ser que gela sem amor
Coitado, vive sem sequer saber que o faz
Ou não vive e acha que assim está em paz.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
0 comentários:
Enviar um comentário