sábado, 7 de agosto de 2010

Caminhos

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Um passo atrás do outro
Sigo a linha de um sonho
Talvez este não encontro
Mas de força disponho
Para continuar a percorrer
Esta linha sem temer

Oh medo que me travas
E que encravas meu andar
Solta-me das tuas cordas
Larga e deixa-me sonhar

Sombra insegurança
Falta de confiança
Sei lá eu o que me sobra
Faço ideia do que me estorva
Perdura a esperança

Palavras, gestos e sinais
Por onde e pelos quais
Caminhos sós vós andais?
Sem mim perdidos
Esquecidos de um sim
Mau olhar, olhar de lado
Fogo preso mal apagado
Luz da chama que acalma.

Oh vida! Porquê só em querer
Sou castigado por lutar
Sou mal tratado pelo ser
Que me revolve e quer matar
O que ainda resta para se amar

Talvez mereço o que aparece
O que me passa e acontece
Pelo mal que tenho feito
Por si só eu já aceito
Mas espero ser um dia alguém
Que por trilhos verdes vem
Com a sua cruz ao peito.

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