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Tocam-se os sinos da solitária igreja
Chamando os crentes pela sua fé
E mesmo tendo que vir de longe a pé
Vêm até por mais chuva que esteja,
Louvar a sua crença!
Fazem-no já quase por obrigação
Como que para o céu pensassem ir
E da sujidade da vida em paz fugir
Almas que não sabem para onde vão,
Nem no fundo, onde estão!
Criaturas enganadas pela falsa imagem
Dessa grandiosa e vil obra obscura
Que por detrás de uma suposta cura
Vive o mal de uma longa chantagem,
Desapercebidamente aceite!
E a difamação a injúria e o sarcasmo
Apoderam o olhar do crente silencioso
Afogado no próprio íntimo rancoroso
Para qual o mal é mero entusiasmo,
Passatempo e orgulho!
Á saída, no final d’aclamada eucaristia,
Depois de lavados os pecados semanais
E bem apreciadas as vestes dos demais
Á cova do pejúrio e da reles alma fria,
Voltam os fiéis!
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