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Da raiz cresce a árvore bela
E da terra faz o seu alimento
Propria terra teu lar e tua cela
Onde nasce o livre sentimento
De não seres só, mas parte dela,
Vale de nada o arrependimento
Vives e porque vives és feliz
Vives para sempre ligada á raiz;
Nos quentes sóis, murcham folhas
Da mártir sede e da reles secura
E os ramos que foram tuas escolhas
Caem secos sobre a pedra dura
Espero que disso, lições recolhas
Que é essa a pedra que te segura
Oh água, que da terra não vens
Da-lhe tu, céu, que eu sei que tens!
Solo estéril, vil e abandonado
Onde aqui cresce a planta invisível
Como um barco mal ancorado
Na praia de um mar impossivel
Nascendo dali um fim inacabado
De uma frase morta e inlegível
Cresce planta em busca da luz
Cresce em busca do que te seduz!
Árvore que me és, infelizmente
Sinto a seiva que por ti acima sobe
Sei porque é que o céu te mente
Sei porque é que nunca te chove
E num mero instante, num repente
Também pára o vento que te move
Resta-te sómente esperar a morte
Na sombra onde não se sente sorte.
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