sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Precipício

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A cada passo, teus pés ficando fragéis
O chão fica oco e susceptível a ti
Tu mesmo, porque és tu quem caminhas
Tu mesmo arriscas porque não adivinhas
Não conheces o que opaco é aos teus olhos
E tudo resume-se a uma simples procura
Que por mais pura que seja não esta a altura
De encontrar a cura, porque está escura
Está escura de mais esta noite, para se ver
Não há sequer luar para te poder ajudar
Ou uma mão que te apoie nesta solidão
Onde as pedras sob ti se soltam pelo peso
Que é aguentar um sonho de uma vida
O peso que é uma possível desilusão
Ou o romper de alguém que já mal lida
Com as constantes quedas nesta corrida
O próximo passo pode ser em vão, sem chão
O precipício que te espera já desde o inicio
Se calhar já destinado estavas a cair
Para que percebesses que lutar sozinho
É viajar sem a noção de um caminho
É agarrar-nos a nós próprios sem força
Não és nada por mais que por ti torça
Quem te quer o bem sem fazer por ele
És somente o vácuo do teu próprio sonhar
À espera de um novo sonho para por ele lutar!

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